quinta-feira, 12 de abril de 2012

 Trabalho em Equipe

                                                                                          Por Emídio Johnson Sales Magalhães

De  todas as atividades desenvolvidas pelo homem, sejam elas relacionadas às ciências naturais, humanas, químicas, lingüísticas, tecnológicas, artísticas, elas exigem do indivíduo o mínimo de capacidade ou interesse para um bom desempenho. Mas a principal e mais difícil dentre estas tarefas é se relacionar com outro. E mais ainda: desenvolverem um trabalho juntos, “trabalhar em equipe”. E por mais incrível ou contraditório que pareça, disso dependemos para nossa sobrevivência.
E por mais que tais experiências nos sejam ocasionalmente frustrantes, nos causam prazer.
Desconsiderando o que a psicologia histórica ou a sociologia científica tenham a dizer a respeito, podemos concluir que o trabalhar em grupo é um ofício para qual somos treinados desde a primeira infância, e sem pedirmos. Assim o sistema social - o qual também não o escolhemos - nos inclui nestes grupos e nos pedem resultados: a escola secular, um clube infantil, um sistema religioso, e antes mesmo destes: a família, e esta principalmente, pois cada membro tem sua função e este papel lhe é cobrado para que seja executado com satisfação.
E ao longo de toda a vida somos convocados a nos submetermos a estes ajuntamentos, mais tarde, já adultos: nas atividades acadêmicas, num projeto na empresa em que trabalhamos e assim cada vez mais, ao invés de alcançarmos independência (o que pensamos) nos tornamos mais dependentes ainda.
E isso é bom?
Há quem veja somente as desvantagens e dificuldades em trabalhar em grupo como quando a ação de um membro da equipe inibe a de outro, ou quando fazemos nossa parte e os outros não - isso causa indignação – ou quando subestimamos os outros e somos surpreendidos, e o pior quando não fazemos o proposto por acharmos que outro o fará.
Mas nem tudo são espinhos: quando trabalhamos em equipe desenvolvemos aptidões de organização, aprendemos a respeitar os limites dos outros, descobrimos talentos e virtudes no próximo, trocamos experiências, praticamos nossas relações sociais, descobrimos que de alguma forma, ou de toda forma dependemos mesmo uns dos outros e que juntos fazemos coisas que sozinhos nunca faríamos.
Mas as regras do sistema contemporâneo e principalmente as que dizem respeito ao profissionalismo ético e a concorrência no mercado competitivo nos apontam sempre uma estrada a qual devemos ser vencedores sozinhos, e o que costumamos ver é uma escada de degraus estreitos, subimos nela só e, ainda somos tentados a puxar a perna de quem está mais em cima.  Vivemos numa sociedade em que as pessoas se tornam cada vez mais desumanas. Entre companheiros de trabalho, entre colegas que vemos todos os dias, em histórias compartilhadas, e em noutros momentos que passamos como estes, somos levados a pensar que não estamos sozinhos. Mas é aí onde encontramos o grande conflito, nunca podemos esperar ajuda de nenhum, pois todos vivem em torno de si mesmos, com interesses distintos.
Não podemos negar que nada podemos fazer sem ajuda de ninguém, ainda que sejam detalhes, no qual muitas vezes passam despercebidos e até nos levam a afirmar que o que executamos fora somente com esforço e por mérito nosso unicamente.
Contudo existe um grande ego que rodeia a corrente de todos os pensamentos modernos. Denomina-se “individualismo”, é nele que encontramos a explicação dos problemas humanitários do mundo moderno, os quais não são poucos. Cada pessoa busca crescer na vida em aspectos diferentes, e frequentemente, fazendo descaso da necessidade do seu semelhante.
Difícil é admitirmos essa dependência um do outro, um dia eu colaboro para o bem de alguém, outro dia precisarei da ajuda de outro alguém, e assim continuinamente. Mas é que admitir, que precisamos do outro em nossa cultura ocidental hoje é ofensivo.
A vida fica bem mais simples quando trabalharmos juntos por um mesmo interesse comum!
Ora, e que há de cristão nisso tudo afinal?
É que o tema do nosso DIP [03 de Junho] neste ano de 2012 é UM COM ELES!
Jesus foi, e É o maior especialista em UNICIDADE  e em TRABALHO EM EQUIPE!

Um comentário:

Anônimo disse...

Reconhecer o valor do outro e trabalhar juntos, fazem das pessoas seres melhores...