sábado, 7 de abril de 2012

- OS HINOS DAQUELE TEMPO -

Após os sucessos contínuos da indústria da música, principalmente brasileira neste terceiro milênio, me propus a analisar melhor as letras que os brasileiros escutam e qual a impressão ou marca em que a arte está sendo expressa em nossa nação!

Novos estilos, novos astros, novas temáticas, porém: sucessos repentinos. É o que temos visto.

E o quanto conteúdo? Se este é coerente ou inadequado...

Na verdade: está em falta!

E sem querer apresentar-me como crítico extremado ou como crente radical, mas sinceramente, se esta vai ser a bagagem cultural da minha geração... Com certeza já tivemos mais cultura, já fomos mais civilizados.

Não digam, por favor, que eu nasci neste período! Errem as datas da minha lápide ‘despropositalmente’.

E como disse o jornalista Carlos Nascimento: “Já fomos mais inteligentes”. Tá, tá, ele falou isso se referindo ao caso da tal Luiza no Canadá (nem acredito que estou falando nela), eu sei!

 Mas gostaria de tomar agora sua feliz citação (desabafo, denúncia, desgosto, decepção – imagino o sentimento dele na ocasião) para montar tudo num pacote só, o que tem feito sucesso e rolado na mente de muitos jovens ociosos atualmente (Fl. 3:2), aí se somem os reality shows, as reportagens que vão aos jornais, os assuntos das redes sociais, as músicas carnavalescas (estas como sempre, é claro), os vídeos mais impressionantes (eu escrevi impressionantes? – eu quis escrever insuportáveis) impressionantes são os números de acessos ao You Tube: os vídeos com menos conteúdos são os de maior ibop! Arff!

Mas não quero falar de tudo isso! Na verdade vou escrever até menos (1Co. 4:6)(é que precisamos mesmo ser seletivos, cada vez mais) do que me propus no início desta postagem (releia-o). Iria eu observar com mais perspicácia ao teor de músicas seculares atuais, o que já fiz, porém não vou compartilhar isso aqui (1Jo. 4:5). A razão? Ora, é simples: Porque iria vos ocupar com reflexões de músicas mundanas quando as que nos interessam são as cristãs, evangélicas, mais especificamente?!

Sim, porque iríamos estar atentos/ouvintes a tais músicas, se somos “Cidadãos dos Céus” (Sl. 15:1,2)?! Creio amados que se elas te interessam a tua “cidadania” pode estar seriamente sendo comprometida. Como poderíamos pois, deixar que os “vãos terrestres esplendores” “deste mundo” possam nos encantar?! Se formos cidadãos da “Linda Pátria” verdadeiramente nosso interesse não pode estar nas coisas passageiras e momentâneas desta terra velha. (1Jo.2:15)

Mas apesar de você não ter notado, eu ainda prefiro fazer mais elogios ou relatar bons momentos do que maldizer ou depreciar as coisas, mesmo aquelas que me aborrecem ou não me interessam (1Jo.3:13), assim não vou expor aqui nem letras de “músicas cristãs tortas”, nem críticas a estas (Até porque já tem cristãos que fazem isso, se o for o caso de maior curiosidade leia Ciro Sanches Zibordi).

Então vê só, você por acaso conheeeece ou já ouviiiiu este corinho?:

Eu sei que foi pago um alto preço
Para que contigo eu fosse um meu irmão
Quando Jesus derramou sua vida
Ele pensava em ti, Ele pensava em mim,

Pensava em nós
E nos via redimidos por seu sangue
Lutando o bom combate do Senhor
Lado a lado trabalhando, sua Igreja edificando
E rompendo as barreiras pelo amor.

E na força do Espírito Santo nós proclamamos aqui
Que pagaremos o preço de sermos um só coração no Senhor
E por mais que as trevas militem e nos tentem separar
Com nossos olhos em Cristo, unidos iremos andar!”

Durante um esperado culto de domingo, já um tanto acostumado com os “hinos criativos” (quase toda semana tem um novo): oração inicial, hinos congregacionais, leitura oficial, corais e, conjuntos e, bandas! De repente fui surpreendido com este corinho, era uma santa irmã (que ainda entendia o mistério do louvor) que havia recebido oportunidade. E eu nem preciso terminar este relato, se você é crente mesmo deve ter deduzido a atmosfera espiritual que dominou os átrios do templo e os corações dos crentes!

Eu mesmo não pude me conter, e ainda, quando depois do louvor, na hora da mensagem nossos ouvidos ficaram atentos a pregação com aquela sede que tanto almejamos, é que nossas almas ainda estavam sobre o efeito da verdadeira adoração (Jo. 4:23).

Um hino como este retrata/espelha/expressa o viver cristão em poucas palavras e na melodia certa pela qual Deus toca ou consola nosso espírito contrito ou aflito (Is. 12:5-6).

Mas às vezes parece melhor cantar só bênção, só vitória, só milagres, anjos, troféus, restituição, prosperidade (financeira), tomar o que o diabo roubou, determinar derrota do inferno, mangar do inimigo. E ainda poderia até livrar desta lista aqueles que ainda dirigem palavras de exaltação a Deus, mas mesmo estes se apresentam cada vez mais vazios, com repetições exaustivas e intermináveis, ficamos esperando ouvir a letra do hino, mas ele acaba então, e é quando percebemos que o hino todo era só uma frase dita mais de vinte vezes (Mc. 7:6).

E eu fico lembrando ‘daqueles hinos’, ‘daquele tempo’ onde se cantavam Consagração, Santidade, a História do Calvário, a Vinda de Jesus, a Esperança do Crente, a Salvação, o Imenso Amor, Orações, Gratidão (não aquela de palavras – ‘obrigado e pronto’ mas de sentimento), a Unidade do Corpo, o Sermos Um Só, o Pagar o Preço, o Novo Nascimento, a Edificação da Igreja, as Conversões, o Trabalhar pra Jesus, o Bom Combate, Renúncia (de verdade), Missões com Amor pelas Almas, Reconciliações, a Cruz do Evangelho (o evangelho de Jesus tem cruz, sabiam? a geração cristã atual e ministros não falam, mas ela existe, é real, é promessa)(Lc. 9:23).

Isso tudo me leva a um bocado de reflexões, e em oração a Deus pergunto:

Tá bom assim Senhor?
É assim que é deve ser?
Por quê?
É porque os crentes de hoje são mais santos e mais sabidos? (estou tentando ser irônico)
O que isso no meio da Tua igreja? São as estratégias de evangelização? (agora estou sendo ‘cruel’)
É porque eles entenderam que na verdade não é preciso ser tão separados do mundo? (tão diferentes do mundo?) (tão inimigos do mundo?) (Tg. 4:4).

MEU DEUS!
RESTAURA O NOSSO LOUVOR!
RESTAURA Ó PAPAI A NOSSA ADORAÇÃO A TÍ.
CRIA EM NÓS SENHOR, como pedia Davi, UM CORAÇÃO RETO E UM ESPÍRITO VOLUNTÁRIO (Sl. 54:10,12)!

Com isso não quero dizer que devamos voltar ao velho estilo guaranha, a um brega ou sertanejo. Entendam-me, cada geração e região possuem seus ritmos e harmonias musicais, o que não podemos nos descuidar é dos conteúdos que aplicamos em nossas letras. È com nossas composições que nos achegamos a Deus, elas são nossa oração coletiva, e isso é tão fundamental pra igreja como a oração secreta é para o crente (Is. 26:16).

Obrigado por ter conseguido ler até aqui.
Saiba não foi em vão!
Você poderá ter certeza disso logo-logo.
                                                                 
                                                                                         Ir. Johnson Magalhães
                                                      Granja - Ceará  Em 27/02/12 as 17:30 hs

Nenhum comentário: